Nos últimos dias, a internet foi tomada por uma nova trend: imagens geradas no estilo do renomado estúdio de animação japonês Studio Ghibli, responsável por clássicos como “A Viagem de Chihiro” e “Meu Amigo Totoro”.
A febre começou com a liberação de um gerador de imagens no ChatGPT, que rapidamente viralizou. De acordo com Sam Altman, CEO da OpenAI, a novidade atraiu 1 milhão de usuários em apenas uma hora na tarde da última segunda-feira (31), demonstrando o enorme interesse pelo recurso.
O CEO relembrou o impacto do lançamento da ferramenta em 2022, quando o serviço surpreendeu ao alcançar 1 milhão de usuários em apenas cinco dias. Diversos famosos entraram na trend e compartilharam nas redes sociais. Confira 👉
Apesar de ser uma brincadeira divertida para muitos, a trend reacendeu discussões sobre direitos autorais e a apropriação do estilo de artistas pela inteligência artificial. O uso da estética de estúdios consagrados sem autorização levanta questões sobre a valorização do trabalho criativo e os limites da tecnologia no campo artístico.
O próprio Studio Ghibli não se pronunciou oficialmente sobre o uso de seu estilo visual, mas uma fala antiga de Hayao Miyazaki, fundador do estúdio, voltou a circular. Em 2016, ele declarou sentir “total repulsa” ao ver uma demonstração de vídeo feita com IA. Ele se pronunciou afirmando: “Sinto fortemente que isso é um insulto à própria vida”.
A própria OpenAI admite que o uso da estética de terceiros é um ponto de atenção e diz ter colocado uma barreira para o robô não criar esse tipo de imagem. No entanto, a empresa faz uma exceção em casos como o do Studio Ghibli.
“Continuamos a evitar gerações no estilo de artistas vivos individuais, mas permitimos estilos de estúdio mais amplos – que as pessoas usaram para gerar e compartilhar algumas criações originais de fãs verdadeiramente encantadoras e inspiradas”, disse a OpenAI ao g1.