O ex-presidente Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta (25), no aeroporto de Maceió (AL), enquanto se preparava para embarcar rumo a Brasília, onde pretendia se entregar às autoridades. Segundo pessoas próximas, Collor manteve-se “calmo” durante a abordagem e agora aguarda, em uma sala da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, a transferência para a capital federal.
A ordem de prisão foi expedida na noite de quinta-feira (24) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o esgotamento dos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente. Moraes determinou o cumprimento imediato da pena imposta a Collor: 8 e 10 meses de prisão, em regime inicial fechado.
A condenação está ligada ao envolvimento de Collor em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, desvendado pela Operação Lava Jato. O STF entendeu que o ex-presidente utilizou sua posição para favorecer interesses particulares em troca de vantagens indevidas, configurando crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Como funcionava o esquema de corrupção?
Na decisão, Moraes diz que Collor, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.