A bailarina, artista e fundadora do Ária Social, Cecília Brennand, é a convidada do novo episódio do RJ Entrevista. Na conversa, ela revisita sua trajetória de 50 anos de carreira, marcada pela inovação, pela sensibilidade e por um compromisso profundo com a democratização da arte em Pernambuco.
Discípula de Mônica Japiassu, pioneira da dança moderna no Recife, Cecília relembra os primeiros passos no palco, o encontro com a arte como ferramenta de liberdade e a construção de um caminho autoral que mudou a vida de milhares de crianças e jovens ao longo das últimas duas décadas.
Criado inicialmente para produzir espetáculos e manter viva sua veia artística, o Ária acabou se transformando, naturalmente, em um projeto social de grande impacto. O que começou como escola de dança e núcleo de criação ganhou novas dimensões em 2004, quando Cecília estruturou o Ária Social como programa de formação e cidadania.
Hoje, são 580 crianças e jovens a partir dos 6 anos, que recebem aulas de dança, música, língua portuguesa, teatro e coro infantil, num trabalho reconhecido e premiado nacionalmente.
Ao mesmo tempo, Cecília celebra o retorno às origens: além dos projetos sociais, ela volta a se dedicar às produções artísticas – sonho que deu início a tudo.
Entre os destaques deste ano, está o Espetáculo de Natal, aberto ao público, na Praça da República, um dos cenários mais emblemáticos do Recife. Nos dias 5 e 6 de dezembro, às 19h30, e no domingo, 7 de dezembro, às 17h30, o público poderá assistir a uma montagem grandiosa com 120 artistas no palco, em frente ao Palácio do Governo. Cecília também sobe ao palco e volta a dançar, celebrando sua história e seu amor pela arte.
Outro momento muito esperado é o espetáculo que chega ao Instituto Ricardo Brennand, pelo quarto ano consecutivo, em frente à capela, misturando emoção, tradição e beleza cênica.
E os planos não param: Cecília revela ainda que já está envolvida na criação de um musical dedicado a Luiz Gonzaga, previsto para 2026 – uma homenagem à cultura nordestina, à força da música regional e ao legado do Rei do Baião.
Uma vida inteira dedicada a transformar, inspirar e fazer a arte acontecer.

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