Acontece

Celebrações religiosas serão retomadas na próxima segunda (22)

Igrejas colocavam fotos de fiéis em bancos durante o isolamento - Foto: Alessandro Garofalo/REUTERS
O governador Paulo Câmara anunciou as medidas preventivas que devem ser adotadas por templos e igrejas

Mais uma etapa do plano de flexibilização foi anunciada pelo governador Paulo Câmara nesta quarta-feira (17). A partir da próxima segunda-feira (22), templos e igrejas poderão retomar as celebrações religiosas. A medida, aliás, integra a quarta fase do Plano de Convivência com a Covid-19. Ainda assim, a decisão não valerá para todo o estado. Os 85 municípios do Agreste e das Matas Norte e Sul ainda não apresentam estabilização média da pandemia, o que impede o avanço para a quarta fase de reabertura.

Governador Paulo Câmara – Foto: Reprodução/Youtube
Leia Mais

Shopping RioMar apresenta seus novos protocolos para reabertura

Ainda assim, templos e igrejas precisarão seguir um rígido protocolo com uma série de medidas preventivas. As celebrações religiosas terão que limitar-se a 30% de sua capacidade total, podendo chegar a 50 pessoas nos templos com capacidade até mil lugares e 300 pessoas nos locais com capacidade acima de mil lugares. Além disso, as instituições religiosas deverão adotar um intervalo de no mínimo três horas entre as celebrações. Essa medida, aliás, busca evitar aglomerações nas entradas e saídas e garantir tempo para uma limpeza efetiva e eficaz do espaço.

Muitas igrejas fecharam suas portas e realizaram cerimônias pela internet – Foto: Divulgação

Será recomendado às instituições que disponibilizem cadeiras e bancos individuais para os fiéis, em quantidade compatível com o número máximo de pessoas permitidas. Ainda assim, no caso de bancos de uso coletivo, eles devem ser reorganizados e demarcados de forma a garantir o afastamento recomendado.

As pessoas devem ser orientadas a manter o distanciamento social – Foto: Divulgação

“As atividades religiosas têm um papel fundamental para a sociedade, realizando ações sociais relevantes e asseguram o conforto espiritual, sobretudo em um momento tão difícil como o que estamos atravessando. Mas precisam ocorrer com consciência e a colaboração de todos. A pandemia não acabou e precisamos continuar com os cuidados necessários. […] Todas essas regras foram discutidas com lideranças de cada religião e proporcionarão maior segurança a todos que frequentarem as celebrações”, destacou o governador Paulo Câmara.

Paulo Câmara – Foto: Heudes Regis/SEI

Confira, a seguir, a lista completa de medidas preventivas que deverão ser adotadas por templos e igrejas.

Medidas de proteção
  • O uso da máscara é obrigatório durante todo o período que estiverem fora de suas residências, mantendo seu uso durante as celebrações.
  • Os templos devem disponibilizar acesso fácil a pias providas com água corrente, sabonete líquido e toalhas descartáveis, sempre que possível, assim como devem disponibilizar álcool 70% em todos os acessos.
  • Grupos de risco (idosos maiores de 60 anos, gestantes e pessoas com comorbidades) devem permanecer em casa e acompanhar as celebrações por meios de comunicação como rádio, televisão, internet, entre outros recursos.
  • Crianças menores de 10 anos devem permanecer em casa, mesmo que existam espaços destinados à recreação, como espaço kids, brinquedotecas e similares, uma vez que esses devem permanecer fechados.
  • Nas congregações que celebram a ceia, com partilha de pão e vinho, ou celebração de comunhão, os líderes religiosos e o público devem higienizar as mãos antes de realizar a partilha. As pessoas devem respeitar o distanciamento aconselhado, e a comunhão será dada nas mãos, com a devida reverência.
  • O método de ofertório deve ser revisto de forma a não haver contato físico entre as pessoas.
  • Fica proibido o compartilhamento de materiais como bíblia, revista, rosário, jornais, entre outros.
  • Dispensadores de água benta ou outro elemento de consagração de uso coletivo devem ser bloqueados.
  • Após as celebrações, o local deve ser rigorosamente desinfetado principalmente, os mais tocados, como os bancos, maçanetas de portas, microfones entre outros.
  • A limpeza e desinfecção dos sanitários devem ser intensificadas.
  • Os dispensadores de água dos bebedouros que exigem aproximação da boca com o ponto de saída da água devem ser bloqueados.
  • Todos os ambientes devem ser mantidos preferencialmente abertos, arejados e ventilados, de forma natural.
Medidas de distanciamento social
  • As celebrações serão limitadas a 30% da sua capacidade de acomodação, podendo chegar, no máximo, a 50 pessoas. Nos templos com capacidade de acomodação maior ou igual a 1.000 pessoas, as celebrações podem conter, no máximo, 300 participantes, entre eles o celebrante, os apoiadores, os colaboradores e o público em geral.
  • A distância mínima de segurança entre os participantes deve ser de 1,5m, com exceção dos participantes do mesmo grupo familiar que residam juntos.
  • O intervalo entre as celebrações deve ser de, no mínimo, 3 horas, tanto para evitar aglomeração, quanto para garantir uma efetiva limpeza/desinfecção do ambiente.
  • Devem ser disponibilizados cadeiras e bancos de uso individualizado, em quantidade compatível com o número máximo de participantes autorizados para o local. Bancos de uso coletivo devem ser reorganizados e demarcados de forma a garantir que as pessoas mantenham o afastamento recomendado.
  • Deve ser realizado o controle do fluxo de entrada e saída de pessoas. Na hipótese de formação de filas, deve haver demarcação para manter o distanciamento mínimo de 1,5 metros entre as pessoas. Além disso, sempre que possível, as portas de entrada devem ser distintas das de saída, havendo sinalização de sentido único, de modo a evitar que as pessoas se cruzem.
  • Antes, durante e depois da realização das celebrações religiosas, devem ser evitadas práticas de aproximação entre as pessoas e outras formas de contato físico, como dar as mãos, beijos, abraços, apertos de mãos, entre outros.
  • Cartazes com orientações a respeito das medidas de prevenção e controle da Covid-19, bem como das regras para o funcionamento dos templos religiosos devem ser fixados em pontos estratégicos e visíveis às pessoas, devendo haver, também, compartilhamento destas informações por meio eletrônico como redes sociais.