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Vaca louca: Brasil suspende exportações de carne bovina à China

vaca louca
Foto: Divulgação
Brasil confirmou o caso de “vaca louca” no Pará

O Ministério da Agricultura informou que as exportações de carne bovina do Brasil para a China estão suspensas temporariamente a partir desta quinta-feira (23), seguindo um protocolo sanitário oficial devido à confirmação de um caso atípico da doença “mal da vaca louca” no Pará.

“Seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações para a China serão temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira (23). No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira”, diz o texto do ministério.

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O governo do Pará informou que a “sintomatologia indica que se trata da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano”.

“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, afirmou o ministro Carlos Fávaro na nota divulgada pela pasta.

O que é a doença da vaca louca?

A Encefalopatia Espongiforme Bovina, mais conhecida como Doença ou Mal da Vaca Louca, afeta o sistema nervoso dos bovinos, que ficam com o comportamento alterado. Por isso, se dá o nome “Vaca Louca”. É uma doença muito grave, não tem cura e provoca grandes prejuízos para os produtores. Os seres humanos podem adquirir a doença pela ingestão de produtos de carne contaminados. O primeiro caso surgiu na década de 80, no Reino Unido.

Há duas formas da doença da vaca louca: a atípica e a clássica.

Atípica: não tem relação com o consumo de alimento proibido e ocorre de forma espontânea e isolada em bovinos; acomete principalmente bovinos com idade superior a 8 anos.

Clássica: é provocada pela forma infectante de uma proteína encontrada nos restos mortais de bovinos que manifestaram a doença. Nesse caso, a contaminação em outros animais, inclusive os humanos, se dá por meio do consumo de alimento que contém proteína e gordura de origem animal, como farinha de ossos, carnes e carcaças. Essa prática é proibida na alimentação tanto de outros bovinos como de bubalinos, caprinos e ovinos.