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Suíço apresenta remissão do HIV após transplante de medula óssea

Um homem na Suíça, conhecido como o “Paciente de Genebra”, trouxe novas esperanças na luta contra o HIV após apresentar remissão da doença seguindo um transplante de medula óssea. Esse notável caso o torna o sexto indivíduo no mundo a se curar do HIV, mas com uma peculiaridade: ele não recebeu uma medula com a rara mutação genética CCR5 delta 32, que conferiria resistência ao vírus.

Diferentemente dos outros cinco casos de remissão do HIV após transplante de medula, nos quais os pacientes receberam doadores com a mutação genética CCR5 delta 32, o “Paciente de Genebra” teve como doador alguém sem essa mutação. Apesar disso, após cerca de 20 meses da interrupção do tratamento antirretroviral, o vírus continua indetectável em seu organismo.

A história do “Paciente de Genebra” com o HIV remonta ao início da década de 1990, quando ele foi diagnosticado e começou a receber tratamento com antirretrovirais. Em 2018, enfrentando uma batalha contra a leucemia, ele passou por um transplante de medula óssea. A surpresa veio quando os cientistas observaram uma queda radical nas células portadoras do HIV após o procedimento.

A partir de 2021, o paciente iniciou gradualmente a redução do consumo de medicamentos antirretrovirais. O fato de o HIV permanecer indetectável mesmo sem a mutação CCR5 delta 32 intrigou os pesquisadores, que veem neste caso uma oportunidade para o desenvolvimento de novas abordagens no combate e tratamento do HIV.

Apesar de o protocolo utilizado no “Paciente de Genebra” não ser viável em larga escala devido à sua agressividade, os insights obtidos desse caso fornecem informações cruciais sobre os mecanismos de eliminação e controle dos reservatórios virais. Esses aprendizados podem abrir caminho para a criação de tratamentos curativos para o HIV, segundo afirmou Asier Saez-Cirion, Chefe da Unidade de Reservatórios Virais e Controle Imunológico do renomado Institut Pasteur.

O “Paciente de Genebra” se sente otimista em relação ao futuro e seu caso inspira a comunidade científica na busca por avanços significativos na batalha contra o HIV. A luta contra a doença ganha mais uma peça no quebra-cabeça científico, e a esperança de encontrar tratamentos cada vez mais eficazes e acessíveis para todos os portadores de HIV permanece firme.