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“Passei por um inferno”, diz refém israelense libertada em Gaza

Yocheved Lifshitz, uma idosa de 85 anos, que esteve entre os reféns mantidos pelo grupo extremista Hamas durante a recente escalada de conflito em Israel, compartilhou detalhes angustiantes de seu sequestro. O relato veio à tona após sua libertação, junto com outra compatriota, na última segunda-feira.

A idosa revelou que foi sequestrada em sua cidade natal, Be’eri, no sul de Israel, onde viveu por décadas e ajudou a fundar. Ela tinha um histórico de ativismo pela paz, frequentemente auxiliando palestinos doentes a obter tratamento em hospitais israelenses. No entanto, sua missão humanitária acabou colocando-a em uma situação de extremo perigo.

Lifshitz contou que, uma vez sequestrada, foi levada a um complexo de túneis controlados pelo Hamas na Faixa de Gaza, junto com outros 25 reféns. Ela descreveu ter caminhado quilômetros dentro desses túneis, sofrendo abusos iniciais por seus captores. Mais tarde, recebeu atendimento médico.

A idosa e seus companheiros de cativeiro eram alimentados, embora de forma precária, principalmente com queijo e pepinos. Apesar das circunstâncias difíceis, Lifshitz afirmou que o tratamento melhorou com o tempo.

“Passei por um inferno. Não pensamos que poderíamos passar por essa situação”, disse a idosa, através de sua filha, Sharone Lifshitz, que traduziu suas palavras do hebraico para o inglês.

A idosa enfatizou que não se sentirá totalmente aliviada até que todos os reféns sejam libertados, incluindo seu marido, que continua em cativeiro.

O marido de Lifshitz, de 83 anos, também é um ativista de direitos humanos e permanece nas mãos do Hamas. O casal dedicou muitos anos ao transporte de palestinos autorizados para tratamento médico em hospitais israelenses.

A situação é um testemunho doloroso das consequências humanas do conflito entre Israel e o Hamas, onde vidas inocentes são frequentemente afetadas.

Embora Livshitz tenha sido libertada, a angústia e a incerteza persistem para as famílias de outros reféns.