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Ilha do Marajó:Rafa Kalimann, Gkay e famosos cobram autoridades

22 de fevereiro de 2024 14:32
Pedro Tinôco
Rafa Kalimann, Gkay, Juliette e mais famosos chamam atenção para os crimes que acontecem na Ilha do Marajó - Imagem/ Reprodução
Novas denúncias sobre tráfico de crianças e exploração infantil chocam famosos que cobram medidas urgentes das autoridades
 

Após diversas denúncia acerca dos crimes que acontecem na Ilha do Marajó, no norte do estado do Pará, diversos famosos reagiram e cobraram uma resposta das autoridades em suas redes sociais.

A cantora gospel Aymeê, denunciou os crimes contra menores através de sua nova canção “Evangelho de Fariseus”, que trás na letra versos como “Ah, enquanto isso, no Marajó/O João desapareceu/Esperando os ceifeiros da grande seara”.

Após a denuncia da cantora, diversos moradores da região reforçaram as denuncias. Após o caso ganhar maior visibilidade, diversos famosos, através de suas redes sociais, denunciaram os crimes e exigiram uma resposta das autoridades. 

Rafa Kalimann: ”Você sabe o que está acontecendo na Ilha do Marajó?”

“Cabe a nós exigir, apontar o dedo e dar voz para essas denúncias tão sérias. Algo precisa ser feito agora. Compartilhe, falem, vejam o que está acontecendo. Tem muita informação rolando”, afirmou Rafa.

Famosos cobram medidas urgentes das autoridades

Para dar visibilidade a causa, Luisa Sonza compartilhou um vídeo do Instituto Akachi. Ludmilla, por sua vez, repostou os posts de Rafa Kalimann relacionados a Ilha do Marajó. A influeciadora Gkay afirmou que o que está acontecendo na Ilha é algo ”desumano” e o Mc Daniel incentivou a divulgação de números para auxiliar as vítimas. Juliette e Carlinhos Maia também se pronunciaram.

 

O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA ILHA DO MARAJÓ?

Os relatos de tráfico de crianças e exploração sexual de menores na região são antigos. A imprensa nacional relata a situação há anos.

2006

Em 2006, uma investigação da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados já havia sido iniciada sobre o assunto. Na época, documentos revelaram envolvimento de políticos locais nos casos, com aliciadores levando meninas para a prostituição em Belém e, posteriormente, na Guiana Francesa. 

2022

Em 08 de Outubro de 2022, a então Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, falou sobre o tema durante culto evangélico. Sem apresentar evidências, ela afirmou que crianças na região teriam dentes removidos para facilitar os abusos sexuais. Autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, solicitaram provas, mas estas não foram fornecidas.

Posteriormente, 19 procuradores da República solicitaram uma ação civil pública contra Damares. De acordo com a ação, a Senadora e a União foram solicitadas indenizar a população do Arquipélago de Marajó (PA) em R$5 milhões por disseminação de informações falsas sobre a região. Conforme o Ministério Público Federal, Damares Alves teria buscado utilizar essa narrativa para beneficiar a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Atualmente: Cidadania Marajó

Atualmente, a Ilha do Marajó recebe assistência do Programa Cidadania Marajó, implementado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Este programa visa combater a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes na região.

 

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