Natalia Becker, dona da clínica de estética que matou Henrique, de 27 anos, com o peeling de fenol, concedeu uma entrevista ao Fantástico, exibida neste domingo (9). No entanto, a influenciadora negou-se a responder sobre sua formação profissional e chegou a abandonar a conversa com a jornalista em determinado momento.
Ao ser questionada sobre as substâncias que usava no peeling de fenol, Natalia disse que não iria falar sobre isso, se levantou e foi embora.
“Quais substâncias que você usa? É fenol como?”, questionou a jornalista. “Essas coisas eu não quero falar”, diz Natalia. “Por quê?”, perguntou a repórter. “Isso eu já dei no meu depoimento falando certinho”, respondeu a dona da clínica.
A advogada de Natalia pediu para que o trecho não fosse ao ar. Porém, a Globo optou por manter a exibição por se tratar de interesse público e conter informações relevantes.
“O Fantástico avaliou o pedido, mas entendeu que a exibição dessa parte da entrevista contém informações relevantes e de interesse público. Por isso, a exibição foi mantida. A decisão está alinhada com os princípios editoriais do Grupo Globo, que baliza o trabalho dos jornalistas da Globo”, diz a emissora.
Dona da clínica se apresenta à polícia
Natalia Becker, dona da clínica de estética em que o jovem Henrique, de 27 anos, morreu após o procedimento “peeling de fenol”, prestou depoimento à Polícia Civil de São Paulo na quarta-feira (5), dois dias após a morte do paciente.
A influenciadora foi indiciada por homicídio com dolo eventual – quando a pessoa não tem intenção, mas assume o risco de produzir a morte.
“Estavam sendo muito difíceis esses dias para mim. Estou muito triste pelo que ocorreu. Sinto muito pela família dele. Acabou com a minha vida isso, jamais tive a intenção de prejudicar ele”, disse Natalia à imprensa.
A defensora dela disse que Natalia Becker faz o procedimento desde o final de 2023 e formou-se por meio de cursos online.
“A polícia entende que o crime foi infringido é homicídio na modalidade dolosa [dolo eventual], não pelo fato de a autora ter tido vontade no resultado morte, mas por ter aceitado, de certa forma, o risco de ter produzido a morte”, explicou o delegado Eduardo Luis Ferreira, do 27º DP.
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