O governo federal protocolou, na quinta-feira (24), no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de liminar em ação civil ordinária contra o estado de Pernambuco. O objetivo? Solicitar a retomada da titularidade do arquipélago de Fernando de Noronha. A ação é para que seja declarado que o “domínio sobre o Arquipélago de Fernando de Noronha é de titularidade integral da União, determinar, ao Estado de Pernambuco, o imediato cumprimento do inteiro teor do Contrato de Cessão de Uso em Condições Especiais da Ilha de Fernando de Noronha”.
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No pedido, o governo alega que Pernambuco “vem descumprindo os termos do contrato e embaraçando a atuação da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União e de órgãos ambientais federais na gestão da área”. Aliás, durante uma das lives semanais, em novembro de 2020, o chefe do Executivo federal havia dito que pretendia federalizar Fernando de Noronha e afirmou que o arquipélago virou “uma ilha de amigos do rei”.
“Eu sugeri a gente federalizar Fernando de Noronha, que parece que virou ali uma ilha de amigos, não quero falar o nome aqui pra não ter problema, do rei. E o rei não sou eu”, disse o presidente, que criticou a cobrança de taxas para ingresso na ilha e o fato de navios de cruzeiros não poderem atracar no local. “Vamos tentar, se for possível, federalizar Fernando de Noronha. Acabar com essas questões. Não pode parar navio lá. Uma série de coisas. Fazer realmente um polo turístico”, acrescentou.
Contudo, a ilha foi reanexada a Pernambuco na Constituição Federal de 1988, aprovada no Congresso Nacional. Além disso, em 2002, o governo estadual firmou contrato com a União para gestão dos imóveis na ilha. Agora, a União alega que o contrato não tem sido cumprido, por isso quer um novo modelo de gestão.
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