O presidente norte-americano Donald Trump voltou a falar do Brasil, em coletiva realizada nesta sexta (5). Dessa vez, ele citou o país uma das nações que estão tendo dificuldades para conter os óbitos por Covid-19. A menção foi feita numa tentativa de defender as medidas restritivas impostas nos Estados Unidos para combater o novo coronavírus.
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“Fechamos nosso país. Salvamos, possivelmente, 2 milhões, 2 milhões e meio de vidas. Poderia ser só um milhão de vidas, acho que não menos que isso. Mas se considerarmos que estamos em 105 mil hoje em dia, o número de vítimas seria pelo menos 10 vezes maior”, começou Trump.
“E se você olha para o Brasil, eles estão num momento bem difícil. E, falando nisso, continuam falando da Suécia. Voltaram a assombrar a Suécia. A Suécia também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões ou até mais”, afirmou o presidente dos EUA.
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A Suécia foi citada por Bolsonaro como modelo a ser seguido nas estratégias de combate ao coronavírus. “Se depender de mim, quase nada teria sido fechado, a exemplo da Suécia”, disse o presidente durante videoconferência promovida por Paulo Skaf, diretor da Fiesp, no dia 14 de maio.
Ontem (4), o epidemiologista-chefe da Agência de Saúde Pública da Suécia, Anders Tegnell, que comanda a resposta do país ao coronavírus, expressou arrependimento pela não-imposição de medidas restritivas no país. “Se encontrássemos a mesma doença de novo, sabendo o que sabemos sobre ela hoje, acho que ficaríamos satisfeitos em adotar um meio termo”. Até esta sexta (5), segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, a Suécia registra mais de 40 mil casos confirmados de Covid-19, número muito maior do que o de seus vizinhos nórdicos, como Noruega (8.500) e Finlândia (6.900).
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No início da pandemia, entretanto, Trump teve uma postura semelhante a de Bolsonaro, de minimizar a ameaça do vírus. Em março por exemplo, ele assegurou que a pandemia estava sob controle no país. E em abril, chegou a dizer que o vírus iria embora à medida que o clima nos EUA esquentasse, com a chegada do verão. Além disso, recentemente ele cortou relações do país com a OMS. Agora, os Estados Unidos são o epicentro do novo coronavírus em todo o mundo, com quase 2 milhões de infectados e mais de 108 mil mortos.
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